Índice chegou a 13,9% no estado em comparação com 2018. Para economista, movimento de evasão sindical se dá por questão política.
O número de pessoas filiadas aos sindicatos de Rondônia vem diminuindo ano a ano, segundo aponta o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o IBGE, 19,7% das pessoas com ocupação no estado eram filiadas em 2012. Mas em comparação com 2018, o índice dos rondonienses filiados caiu para 13,9%, atingindo o menor percentual em sete anos.
Em comparação com 2017, ainda conforme o levantamento do IBGE, houve queda de 3% dos empregadores filiados aos sindicatos de Rondônia. A taxa, então, chegou a 8,7%.
Pessoas ocupadas:
Ano | Quantitativo |
2012 | 741 mil |
2013 | 747 mil |
2014 | 760 mil |
2015 | 736 mil |
2016 | 760 mil |
2017 | 788 mil |
2018 | 778 mil |
Fonte: IBGE
Das pessoas ocupadas, eram associadas a sindicato:
Ano | Quantitativo |
2012 | 146 mil |
2013 | 134 mil |
2014 | 116 mil |
2015 | 128 mil |
2016 | 121 mil |
2017 | 121 mil |
2018 | 108 mil |
Fonte: IBGE
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações de Rondônia, João Anselmo, o fato dos trabalhadores optarem pela não filiação, por exemplo, é “resultado da precarização depois da reforma trabalhista”.
Com o aumento do trabalho informal, João Anselmo destacou a necessidade de uma organização por parte desses trabalhadores.
“Eles estão sem direitos trabalhistas e terão muitas dificuldades de se aposentarem, pois não recolhem pra previdência, não estão inseridos na rede de proteção social. Tem acesso somente ao Sistema Único de Saúde. Porém, o SUS também começa a ser desmontado”, disse.
Porém, o representante da diretoria do Sindicato dos Urbanitário, Roberto Leite, disse que houve uma redução pequena.
“Mas a questão hoje é que a maioria das empresas estatais ou não estão fazendo demissões voluntárias. A reforma trabalhista culminou com essa questão que há muito empregos temporários ou trabalhos sem carteiras assinadas e isso tem criado uma situação ruim para a classe trabalhadora”, salientou.
O economista Otacílio Carvalho contou ao G1 que esse movimento de evasão sindical se dá por um questão política. “Muitos que não eram assumidamente de direita, do ano passado para cá, tomaram um lado e pegaram o discurso do presidente, que não apoia movimento sindical e saíram do sindicato”, disse.
G1