Professora paulista criou texturas, pirâmides etárias de Lego e mapas com grãos para incluir aluno cego durante as aulas de geografia
Por: Mariana Lima
Fabiana Rocha é professora de Geografia no Colégio Mario Schenberg, em Carapicuíba, Região Metropolitana de São Paulo, e há quatro meses dá aulas para a turma de Nathan, um garoto cego.
A vontade de incluir Nathan fez com que a professora buscasse formas criativas de motivá-lo a participar das aulas.
Foi durante a elaboração de uma avaliação que possuía muitos gráficos e pirâmides que Fabiana teve a ideia de produzir materiais táteis.
Ela pesquisou e logo começou a desenvolver os primeiros itens, como os gráficos de diversas texturas (E.V.A com glitter, felpudo ou liso), pirâmides etárias feitas com Lego e mapas que incluíam divisões de linhas e grãos.
Como resultado da iniciativa, a professora conta que Nathan obteve um resultado muito positivo na avaliação.
Em um post compartilhado no Facebook, Fabiana escreveu: “No final da prova ele chorou, agradeceu por eu ter feito o material para ele e eu chorei junto em saber que venci um obstáculo dentro da inclusão na educação”.
Ela ainda conta neste relato que hoje a escola já possui atlas em braille. Antes da produção do material, a professora seguia uma apostila que faz parte da metodologia utilizada na escola, o que dificultava a participação do aluno.
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