Procuradores haviam deixado os cargos por incompatibilidade com Raquel Dodge. Segundo a PGR, ainda não há confirmação se todos os seis que saíram do grupo retornarão.
O procurador-geral da República interino, Alcides Martins, afirmou nesta quarta-feira (18), ao tomar posse, que procuradores do grupo de trabalho da Lava Jato vão voltar aos seus cargos.
Na tarde desta quarta, a portaria com a designação dos procuradores foi publicada. Dos seis, cinco retornaram à força-tarefa.
Os profissionais haviam deixado o grupo na Procuradoria-Geral da República alegando “grave incompatibilidade” com a agora ex-procuradora-geral Raquel Dodge. O mandato dela terminou na terça (17).
Segundo Martins, houve um convite para que os membros que integravam o grupo retornassem.
“Na parte criminal, em nome da continuidade e importância da investigação denominada Lava Jato para a Justiça e para o país, convidei os colegas que integraram o grupo de trabalho a retornarem a seus postos, o que ocorrerá imediatamente”, afirmou o procurador-geral interino. “Os colegas que integraram a Lava Jato estão retornando ao grupo de trabalho”, completou.
Ao todo, seis procuradores haviam entregado os cargos no início do mês. Eles faziam parte do grupo da Lava Jato que investiga políticos com foro privilegiado.
Martins exercerá o comando interino da PGR até o indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o cargo, Augusto Aras, ter o nome aprovado pelo Senado. A votação está prevista para a semana que vem.
O procurador-geral da República interino, Alcides Martins (centro), ao lado da agora ex-procuradora-geral Raquel Dodge — Foto: Rosanne D’Agostino/G1
Discursos
Em discurso durante a solenidade de posse, Martins afirmou que assume com “o objetivo de contribuir com a Justiça”. O procurador disse ainda que a transmissão de cargo ocorreu com tranquilidade e que ele deve dar continuidade, em todas as frentes, ao trabalho da antecessora.
Também presente ao evento, Dodge defendeu que o combate à corrupção deve continuar a ser prioridade e que o “Brasil não admite mais práticas de corrupção tão vastas”.
Via G1 Brasília