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Rebelião em presídio no Pará deixa ao menos 52 detentos mortos

Massacre foi provocado por disputa entre facções rivais e teve início por volta de 7h

A rebelião que ocorreu na manhã desta segunda-feira, 29, no Centro de Recuperação Regional de Altamira, no sudoeste do Pará, deixou ao menos 52 detentos mortos. De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), dois agentes prisionais foram feitos reféns e depois liberados. No início da tarde, o motim estava encerrado.

A Susipe informou que a rebelião foi motivada por uma briga entre facções rivais e teve início por volta das 7h, quando detentos do bloco A, onde estão custodiados presos de uma organização criminosa, invadiram o anexo onde estão internos de outro grupo.

O Grupo Tático Operacional da Polícia Militar foi ao local. A Polícia Civil, a Promotoria e o Juizado de Altamira também estiveram na unidade participando das negociações para a liberação dos reféns.

Transferências

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, conversou nesta segunda-feira, 29, com o governador do Pará, Helder Barbalho, e se comprometeu a transferir para presídios federais líderes de facções criminosas responsáveis pelas mortes no Centro de Recuperação Regional de Altamira, na manhã de hoje. Uma briga no local deixou ao menos 52 mortos, 16 deles decapitados.

Segundo o Ministério da Justiça, Moro ligou para Barbalho para oferecer ajuda e faria uma reunião ainda hoje para tratar do tema. O governo do Pará disse que o ministro pediu que sejam identificados os líderes das facções que atuam no centro de recuperação para poder providenciar a transferência a presídios federais.

No início do ano, alguns chefes do Primeiro Comando da Capital (PPC), incluindo Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, foram transferidos de Rondônia para a penitenciária de Brasília

De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), o massacre em Altamira foi motivado por uma briga entre as facções rivais Comando Classe A (CCA) e Comando Vermelho (CV) e teve início por volta das 7 horas, quando detentos do bloco A, onde estão custodiados presos do CCA, invadiram o anexo que funciona em um contêiner adaptado onde ficavam os presos ligados ao CV. No início da tarde, o motim estava encerrado.

Estadão Conteúdo


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