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Vacina que “cura” HIV tem resultado positivo em teste humano

Um novo relatório divulgado por cientistas indica que cinco pacientes com HIV não tem mais o vírus há sete meses graças a uma vacina. O tratamento foi desenvolvido por pesquisadores na Espanha e faz com que os pacientes não precisem tomar os comprimidos anti retrovirais para suprimir os efeitos do HIV. O teste ainda não foi feito em larga escala, mas há, de fato, a chance de a vacina ser uma cura.

Esse é o primeiro passo em direção ao sucesso de uma vacina contra o HIV em 30 anos. A busca por uma vacina contra AIDS já gerou grandes investimentos e estudo intensivo, mas, até o momento, não havia nenhuma no mercado.

“Isso é prova do conceito de que, através da vacinação terapêutica, é possível reeducar nossas células para controlar o vírus”, disse a doutora Beatriz Mothe, do Instituto IrsiCaixa Aids de Pesquisa de Barcelona ao jornal britânico Daily Mail.  A ideia é ajudar pessoas infectadas a pararem de usar drogas no controle do vírus por meses ou até anos.

De acordo com o jornal britânico The Independent, o fato do vírus ter sido suprimido e sem gerar a necessidade de uso de drogas diárias vem por meio da técnica inovadora que combina duas vacinas contra o HIV a uma droga usada no tratamento do câncer. Por três anos, a técnica foi desenvolvida. Ao todo, 24 pessoas participaram do estudo, e em cinco deles o vírus ficou não foi mais detectado.

A vacina ainda impediu a propagação do vírus no sistema imunológico. Existem pacientes livres do uso de medicamentos há sete meses. “Sistemas de longo prazo que não exigem o uso de remédios realmente podem ajudar 37 milhões de pessoas com HIV. Podemos ter a chance de frear a epidemia”, afirmou Mitchell Warren, diretor executivo da Aids Vaccine Advocacy Coalition, grupo que defende a propagação da vacina.

Para ele, apesar de em pequena escala, o estudo foi bastante “interessante e importante”. A vacina terapêutica funciona de forma distinta às vacinas de prevenção e imunização. “A ideia da vacina é controlar o vírus sem que tenha que tomar remédio todos os dias. Isso já é um grande avanço”, acrescentou Warren. Os participantes do estudo seguirão sendo monitorados e testados por três anos.

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