Além disso, os hackers estão fazendo uso de propaganda incentivada
Um novo golpe na rede social Facebook tem sido usado para roubar as credenciais de acesso dos usuários. O link do ataque, ativo desde o mês de maio, já afetou mais de 300 mil pessoas, sendo que, por hora, são registrados 220 novas vítimas, segundo a PSafe, empresa de desenvolvimento de aplicativos de segurança. As informações são do jornal Extra.
Segundo Emilio Simoni, diretor do laboratório especializado em segurança digital da PSafe, cibercriminosos estão utilizando lives de pessoas famosas para publicar iscas com supostas promessas de emprego. Além disso, os hackers estão fazendo uso de propaganda incentivada – onde um valor é pago por cada postagem – para que a mensagem do golpe apareça a mais usuários do Facebook.
“É a primeira vez que vemos um golpe que rouba credenciais de acesso de redes sociais atingir essa magnitude, principalmente sem mecanismos de viralização direta, comuns nos golpes de WhatsApp, que solicitam compartilhamento com amigos e grupos do mensageiro. Contudo, este ataque conseguiu afetar um número de usuários nunca visto antes para esta modalidade de golpe. Acredito que o êxito da fraude esteja relacionado diretamente ao impulsionamento das postagens no Facebook, usando como pretexto a inscrição em processos seletivos de vagas de emprego”, explica Simoni.
Veja como funciona
Ao clicar no link da vaga de emprego, o usuário é levado a uma página falsa, onde precisa informar seu e-mail e senha de cadastro no Facebook.
Em seguida, ele é incentivado a copiar e colar um suposto código de segurança para autenticar seu acesso. Contudo, este código, na verdade, permite que o hacker se conecte à conta de Facebook da vítima por meio de outro dispositivo.
Por fim, o usuário é levado a uma página de premiação falsa, em que é ofertado um suposto benefício para utilizar serviços de streaming grátis por um ano, como o Spotify e Netflix.
Para isso, ele precisa informar dados pessoais, como nome completo, data de nascimento e número de celular. Mas, além de não ganhar o falso prêmio, a vítima também tem seus dados pessoais roubados por cibercriminosos.
Moeda virtual
O Facebook revelou nesta terça-feira detalhes de sua moeda virtual, a Libra. O anúncio é mais uma iniciativa para expandir os negócios além das redes sociais e marca a estreia da gigante de tecnologia no comércio eletrônico e de pagamentos globais. O projeto já nasce com parceria de titãs como Visa e Mastercard, as maiores redes de pagamentos do mundo.
O Facebook se uniu a 28 sócios de uma entidade sediada em Genebra chamada Associação Libra, que administrará sua nova moeda digital. Esta chegará ao mercado no primeiro semestre de 2020.
O nome “Libra” foi inspirado nas medidas de peso romanas, no signo astrológico que representa a Justiça e na palavra francesa para liberdade, disse David Marcus, ex-executivo da PayPal que lidera o projeto para o Facebook.
O Facebook também criou uma subsidiária chamada Calibra, que oferecerá carteiras digitais para salvar, enviar e gastar Libras. O Calibra será conectado às plataformas de mensagens do Facebook Messenger e WhatsApp, que já possuem mais de um bilhão de usuários.
A rede social espera que a Libra não apenas potencialize as transações entre consumidores e empresas em todo o mundo, mas ofereça aos consumidores sem acesso a banco serviços financeiros pela primeira vez.
Informações Poá News