Investigação foi aberta na Justiça Federal; banda diz que foi arquivado por falta de prova
A assessoria de imprensa da banda Aviões do Forró divulgou nota rebatendo uma série de acusações que o grupo estaria sendo alvo nos últimos dias na internet. Os fatos se referem a dados de um documento da Justiça Federal do Ceará, datado de 17 de setembro de 2013, e de outro do Ministério Público Federal (MPF) do dia 7 de abril de 2014.
Na ordem judicial, o juiz Ricardo Ribeiro Campos, na época auxiliar da 11ª Vara Federal, determina que a Polícia Federal apure denúncias de tráfico internacional de drogas, estupro, homicídio e lavagem de dinheiro contra sócios da banda e outras pessoas alcançadas pela operação For All. A investigação revelou um esquema milionário de sonegação de impostos estaduais e federais.
A denúncia foi feita ao MPF por um suposto ex-sócio da A3 Entretenimento, empresa ligada à banda Aviões do Forró e flagrada no crime de sonegação fiscal pela Polícia Federal (PF).
De acordo com a assessoria de imprensa da Aviões do Forró, é falsa a denúncia de que “Isaías Cds, um dos sócios da Banda Aviões do Forró, teria estuprado a ex-vocalista da banda, Solange Almeida”. Segundo integrantes da banda, não houve qualquer denúncia ou registro policial dando conta da suposta ocorrência. “Tal notícia falsa vem sendo compartilhada por correntes de whats app, redes sociais e até mesmo veículos de imprensa de forma absolutamente irresponsável”, esclarece o texto.
Também seria uma inverdade afirmar que “a ex-vocalista Solange tenha pedido 5 milhões como indenização por ter saído do Aviões do Forró”. A cantora, segundo a assessoria de imprensa, teria pedido “uma prestação de contas. Tal pedido será julgado pela justiça, que vai decidir se ela receberá algum valor ou terá que pagar valores”.
Outra notícia falsa, de acordo com os proprietários da Aviões do Forró, daria conta que está em curso uma nova “ação fiscal contra a banda”. Segundo a assessoria de imprensa, “a ação” é de 2016 e o grupo musical “cumpre pontualmente, normalmente e legalmente” o que foi determinado pela justiça relato ao crime de sonegação fiscal.
Por último, a nota informa que é “fake News” o boato de que “os sócios do Aviões do Forró, Isaías Cds e Xand Avião, estariam sendo investigados por tráfico internacional de drogas”. A verdade é que “em 2012 houve uma denúncia anônima que já foi provada como absolutamente falsa e sem sentido. O processo aberto a partir dessa denúncia foi extinto e arquivado por absoluta ausência de provas”.
A imprensa entrou em contato com a Justiça Federal, Ministério Público Federal e Polícia Federal. O poder judiciário, ao contrário do que afirmou a assessoria de imprensa da Aviões do Forró, respondeu que existe uma investigação em curso na PF para apurar as denúncias feitas pelo suposto ex-sócio da banda. A investigação foi anexada ao processo 0006024-46.2015.4.05.8100. O MPF e a PF ainda não responderam às indagações encaminhadas por e-mail.
Em 2013, o juiz Ricardo Ribeiro Campos “indeferiu o pedido de arquivamento em relação ao delito de tráfico internacional de drogas e demais delitos conexos por considerar que o caso merece ser aprofundado e que ainda existem diligências a serem promovidas”. Na mesma época, o magistrado concordou com o arquivamento “do procedimento investigatório em relação ao crime de sonegação de impostos federais, todavia, ressalvando a possibilidade de sua reabertura caso fatos novos sejam trazidos em ulteriores investigações”, escreveu na decisão judicial.
Informações do Correio 24 horas