A aldeia moçambicana de Buzi, habitada por 2500 crianças, está a um dia de ficar completamente submersa, segundo a organização não-governamental Save The Children.
A organização foi contactada pelo jornal “Público”, que avança que o Rio Buzi continua a subir e já há muita gente a refugiar-se nos telhados das casas. As águas transbordaram para os terrenos em redor do rio depois do deslizamento das margens provocado pelo ciclone Idai.
A passagem do ciclone Idai no centro de Moçambique e as cheias que se seguiram já provocaram, desde quinta-feira, mais de 200 mortos, anunciou, na cidade da Beira, o presidente moçambicano Filipe Nyusi.
O chefe de Estado falava durante uma reunião do Conselho de Ministros realizado na cidade da Beira, parcialmente destruída pelo ciclone. “Porque a situação está grave, o Governo vai decretar a emergência nacional na República de Moçambique”, referiu.
“Pela informação que nos foi fornecida aqui, neste contexto de mortes confirmadas (…) estamos nos 200 e tal”, acrescentou o chefe de Estado, que na segunda-feira disse recear que o balanço final ultrapasse o milhar de mortos.
Filipe Nyusi anunciou ainda três dias de luto nacional em Moçambique. “Sabendo de 350 mil cidadãos que estão em situação de risco e da severa destruição devido a esta tragédia, então o Conselho de Ministros decide decretar o luto nacional na República de Moçambique, por um período de três dias, com inicio às próximas 00.00 horas [menos duas horas em Portugal continental] do dia 20 de março”, disse o chefe de Estado.CICLONE IDAI É UM DOS PIORES DESASTRES CLIMÁTICOS NO HEMISFÉRIO SUL
A passagem do ciclone Idai em Moçambique, Maláui e Zimbabué já provocou pelo mais de 400 mortos, segundo balanços provisórios divulgados pelos respetivos governos desde segunda-feira. Mais de 1,5 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade naqueles três países africanos.
A Organização Meteorológica Mundial admite que o ciclone Idai, que atingiu Moçambique, Maláui e Zimbabué, poderá ser “um dos piores desastres climáticos no hemisfério sul”.
O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes na quarta maior cidade do país sem energia e linhas de comunicação.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários alertou que as próximas 72 horas serão “críticas” para Moçambique, devido aos efeitos do ciclone Idai, com previsão de cheias nas bacias dos rios Buzi e Pungoe.
A passagem do ciclone Idai no centro de Moçambique e as cheias que se seguiram já provocaram, desde quinta-feira, mais de 200 mortos, anunciou, na cidade da Beira, o presidente moçambicano Filipe Nyusi.
O chefe de Estado falava durante uma reunião do Conselho de Ministros realizado na cidade da Beira, parcialmente destruída pelo ciclone. “Porque a situação está grave, o Governo vai decretar a emergência nacional na República de Moçambique”, referiu.
Fonte: JN