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Ataque mata 6 cristãos e força mais de 470 a fugirem de aldeia no Congo

O ataque aconteceu em uma aldeia cristã em Kivu do Norte, ao leste da República Democrática do Congo.

Liberiano chora enquanto o corpo de sua esposa é levado por uma equipe médica na África. (Foto: John Moore/Getty Images)

Liberiano chora enquanto o corpo de sua esposa é levado por uma equipe médica na África. (Foto: John Moore/Getty Images)

Seis cristãos, incluindo três mulheres e uma criança de 9 anos, foram mortos em um ataque na aldeia cristã de Kalau, próxima à cidade de Beni, em Kivu do Norte, ao leste da República Democrática do Congo. O ataque que durou quatro horas, das 19h às 23h, forçou cerca de 470 pessoas a fugirem de suas casas.

De acordo com fontes da organização Portas Abertas, que divulgou as informações no último sábado (16), os militantes — parte das Forças Democráticas Aliadas — fingiram ser agentes de segurança quando chegaram à aldeia. Alguns jovens ficaram desconfiados e ativaram o alarme. A milícia então atirou indiscriminadamente contra os aldeões.

As Forças Democráticas Aliadas foram criadas em 1995 por rebeldes muçulmanos de Uganda para se opor ao governo depois que eles foram expulsos do país pelo Exército.

Uma enfermeira do hospital de Nyankunde, em Beni, disse à Portas Abertas por telefone que os militantes foram em direção à casa do chefe da aldeia. O som dos disparos contra seus cães de guarda fez as pessoas correrem. Dois aldeões que tentaram fugir foram mortos.

De acordo com o pastor Gilbert Kambale, que dirige uma organização em Beni, 470 famílias do Congo fugiram por cerca de 11 quilômetros até Beni, após o incidente. A maioria das se refugiou em casas e escolas da Comuna Beu.

Nos últimos cinco anos, centenas de civis morreram apenas na área de Beni, no Congo. Acredita-se que os militantes das Forças Democráticas Aliadas tenham matado pelo menos 700 civis e mais de 20 funcionários da Organização das Nações Unidas (ONU).

O ataque provavelmente será seguido por mais violência, de acordo com um líder da comunidade em Kalau, que pediu anonimato. “Ouvimos os rebeldes dizendo que trabalharam por muito tempo com sequestros e assassinatos, mas agora eles querem passar para o estágio da ocupação do território. Eles querem ocupar a área que reivindicam ser deles”, contou.

A região do Congo também está sob ataque de doenças — a província de Kivu do Norte está no oitavo mês de um surto de Ebola. Nas últimas semanas, aumentaram os ataques armados contra os centros de tratamento de Ebola.

A Portas Abertas pede as orações de cristãos do mundo inteiro: “Ore pelo consolo do Senhor a todos aqueles que perderam seus entes queridos no ataque e por força para os que foram deslocados de suas casas. Peça a Deus para intervir em suas provações”.

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