As facilidades e inovações trazidas pela era digital conquistaram adeptos de diversa gerações.
Mas, talvez haja numa proporção semelhante um grande número de críticos da internet, apontando os problemas da vida em rede.
Entre entusiastas e opositores da internet, no entanto, nem sempre há embasamento científico para o que é defendido.
Susan Greenfield, neurocientista britânica e pesquisadora sênior da Universidade de Oxford, estuda a psicologia do cérebro por um viés multidisciplinar.
Para ela, as tecnologias digitais afetaram nosso cérebro da mesma forma que qualquer elemento de interação que faça parte do nosso cotidiano.
O que a pesquisadora aponta de mais crítico é a forma como nossa vida em rede mudou a formação de nossa identidade, tornando-a dependente da visão das outras pessoas.
Segundo Greenfield, isso altera a forma como nos relacionamos com os outros e a distribuição do nosso tempo para determinadas atividades.
A internet afeta o cérebro?
Todos estão interessados em saber como as tecnologias digitais, especialmente a internet, afetam o cérebro. A primeira coisa a saber é que viver afeta o cérebro. O cérebro muda a todo instante de nossas vidas.
Tudo que é feito durante o dia vai afetar o cérebro. A razão disso é que o cérebro humano se desenvolveu para se adaptar ao ambiente, não importando qual fosse esse ambiente. É interessante notar que agora o ambiente é muito diferente, de maneira sem precedentes.
Fonte: Pensar Contemporâneo