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Projeto da Câmara propõe tornozeleira eletrônica para homem que agride mulher

BRASÍLIA – Na mesma semana em que a paisagista Elaine Perez Caparroz ser agredida em casa , foi apresentado na Câmara dos Deputados um projeto de lei que um sistema de alerta para tentar evitar agressões domésticas. A proposta do deputado federal Augusto Coutinho (Solidariedade-PE)  prevê a possibilidade da mulher que sofre ameaças de agressão pedir à Justiça para que o acusado utilize tornozeleira eletrônica. 

No modelo proposto no projeto, a vítima  instalaria em sua residência um equipamento que dispara um alarme caso o agressor se aproxime do local. Além da vítima, a notificação também chegaria a uma central de monitoramento.

De acordo com o deputado, essa é uma política pública adotada em  Pernambuco que tem funcionado. Informações da Secretaria da Mulher do estado indicam que 726 mulheres utilizaram o mecanismo desde 2013. Atualmente, são 135 aparelhos ativos. Nos anos de funcionamento da iniciativa, nenhuma das beneficiadas foi assassinada. A ideia de Coutinho é levar o mecanismo para o resto do país.

– Acho que isso pode ser mais um mecanismo de proteção, porque, se a pessoa que está sendo monitorada faz uma aproximação, automaticamente já é acionado na central de controle- disse o deputado.

A proposta foi apresentada três dias após a paisagista Elaine Perez Caparroz ser agredida em casa pelo estudante de direito Vinícius Batista Serra, no Rio de janeiro, um caso que, segundo o deputado, o “chocou bastante”.

Proteção às mulheres em Pernambuco

Além do monitoramento eletrônico, o estado nordestino também tem outros projetos para proteger as vítimas de agressões domésticas. A Patrulha Maria da Penha, por exemplo, consiste em um sistema de monitoramento das mulheres que pediram medidas protetivas de urgência.

Já o 190 Mulher é um mecanismo de atendimento a mulheres que podem estar em risco. Nesse programa, as vítimas recebem uma senha e, caso precisem de ajuda, ligam para o serviço informando o código, e a polícia é acionada sem a necessidade de boletim de ocorrência.

O estado também conta com quatro casas abrigos, que recebem mulheres e filhos em risco de morte. De acordo com a Secretaria da Mulher de Pernambuco são cerca de 120 mulheres em cada residência.

*Estagiário sob supervisão de Francisco Leali.

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