“ Segundo um estudo publicado na revista Psychological Medicine que revisou cerca de 400 artigos científicos de todo o mundo em que a ressonância magnética foi usada para comparar os cérebros de cerca de 2.000 pessoas com psicopatia e que estavam na prisão.
As ressonâncias magnéticas do cérebro de pessoas com transtorno de personalidade anti-social, os chamados psicopatas ou sociopatas, mostram diferenças com os cérebros da população em geral. Diferenças que indicam que há uma maturação acelerada em algumas áreas que poderia ser o resultado de intenso sofrimento emocional durante a infância. Havia em seus cérebros uma mielinização excessiva, uma anormalidade associada à exposição a sofrimento emocional, que faz a pessoa ficar imune ao sofrimento. Mas o efeito colateral é que ele se torna um adulto sem escrúpulos ou remorso.
A parte emocional do nosso cérebro geralmente amadurece somente durante a adolescência. Portanto, quando essas crianças passam por circunstâncias expostas a sofrimento intenso, acelera a maturação da racionalização, porém a emocional não, ignorando estruturas cerebrais que não se desenvolvem adequadamente. Aqueles que não têm essa alteração, quando veem o sofrimento nos outros imaginam isso em si mesmos, os psicopatas não.
Lembre-se que há graus de Psicopatia e nem todos estão na prisão. Pode ser a vizinha que dá veneno para os cachorros da rua, pessoas que cometem pequenas crueldades com crianças ou aquele colega do trabalho que faz jogos para os outros se darem mal. Então a expressão “bater hoje, para a polícia não bater amanhã”, analisada cientificamente, mostra justamente o contrário.
Devemos portanto considerar que pode haver predisposições genéticas. Pois o indivíduo é biopsicossocial. “Porém 20 anos de pesquisas sobre Adverce Childhood Experience mostraram que ambientes potencialmente tóxicos e carregados de abusos podem alterar o DNA. Um mau funcionamento carregado a doses altíssimas de estresse alteram a nossa biologia.” Texto adaptado de: @criacao_neurocompativel
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