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Em meio a lama e com 13º atrasado, bombeiros de Minas são heróis da vida real

Desde que houve o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, no último dia 25, bombeiros de Minas Gerais assumiram papel central na busca por desaparecidos e no resgate de vítimas da tragédia. Nas redes sociais, internautas de diferentes partes do Brasil elogiam os socorristas, que já foram alçados ao status de “heróis”; como não poderia ser diferente. Apesar disso, a situação não é das melhores para os integrantes da corporação. Eles estão com o 13º salário atrasado e devem receber a gratificação, até segunda ordem, em 11 parcelas.

Os bombeiros têm trabalhado duro em Brumadinho, ao longo dos últimos sete dias, na tentativa de localizar corpos e sobreviventes, o que se torna mais difícil a cada dia. Os últimos números dão conta de 115 mortos e 248 desaparecidos. E, além de lidar com as vidas perdidas, os bombeiros precisam enfrentar um verdadeiro mar de lama, em uma luta contra o tempo, para que familiares possam enterrar seus entes queridos com o mínimo de dignidade.


Mesmo com todas as complicações, um bombeiro em questão tornou-se o rosto “sereno” de todas as equipes que trabalham na cidade. Porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas, e responsável por repassar detalhes das operações em Brumadinho à imprensa, o tenente Pedro Aihara surgiu diante de todo o país demonstrando serenidade e foco. O militar de apenas 25 anos participou de resgates em Mariana, quando outra barragem se rompeu, há cerca de três anos, deixando 19 mortos marcados pela lama da Samarco, mineradora responsável por Fundão.

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