Estudos realizados em diferentes partes do mundo sugerem que, aproximadamente:
7,4% das meninas e 3,3% dos meninos
já sofreram algum tipo de abuso sexual.
No entanto, a sua real prevalência é desconhecida, visto que muitas crianças não revelam o abuso, somente conseguindo falar sobre ele na idade adulta.
Estudando 100 mulheres com transtorno afetivo bipolar na Inglaterra, Garno et al (2016) encontraram um percentual de 45% dos casos com histórico de abuso sexual. Cerca de 33% da população feminina estudada relataram ter sofrido abuso sexual antes de completar 8 anos de idade.
Outros autores ressaltaram que as possíveis alterações na saúde mental e a futura adaptação social das vítimas estão diretamente relacionadas às características de personalidade de cada vítima, bem como ao tipo de violência sofrida e à capacidade de reação diante de fatos geradores de estresse.
Outra importante consequência da experiência de abuso sexual é a sua estreita relação com a ocorrência de delitos na esfera sexual. Neste estudo ficou evidenciada a existência de elevada frequência de jovens delinquentes mantidos em instituições penais com histórico de abuso, negligências e experiências traumatizantes no contexto familiar.
De acordo com o estudo, o abuso sexual infantil é considerado fator de risco independente para algum tipo de comportamento também delinquente.
Por: Dr. Wendell Janio Oliveira-Psiquiatra CAPS Ji-Paraná-RO