Conexão Amazônia

Cuba enfim libera internet móvel — mas quase ninguém pode pagar.

Em 2015, governo afirmou que a meta do país era conectar metade de suas casas e 60% de seus telefones até 2020. Pacote custa um salário médio

Cuba passa a ser nesta quinta-feira um dos últimos países do mundo a permitir a seus cidadãos acessarem a internet móvel de seus celulares. O país caribenho deixa para trás, assim, a Coreia do Norte, que permite a seus cidadãos utilizarem apenas uma intranet nacional, com uma infinidade de páginas vetadas pelo governo. Mesmo na China, o país mais conectado do planeta, o acesso a sites estrangeiros é comumente vetado pelo governo, o que fez o país desenvolver sua própria rede de buscadores, sites e aplicativos. Em Cuba, o acesso será mais livre, embora o governo vete, e continuará vetando, sites que promovam conteúdo crítico hospedados principalmente na Flórida.

Até ontem, os cubanos tinham acesso apenas a um serviço de e-mail, controlado pelo governo, ou precisavam se concentrar em poucos pontos das cidades do país que ofereciam acesso a wifi público, numa medida iniciada em 2015, ou podiam visitar cafés estatais com internet fixa, instalados desde 2013. Conexões caseiras, legais e ilegais, também se espalham pelo país desde 2014, quando Cuba retomou as relações com os Estados Unidos, e Barack Obama visitou o país. Desde dezembro, empresas e embaixadas começaram a ter acesso ao plano 3G, o único serviço disponível no país.

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