Porto Velho – A pedido, dirigentes da Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (ASFEMM) participaram com sucesso do “Programa Leo Ladeia” na emissora de Rádio e Tevê, na segunda-feira, 9.
Na entrevista, o Presidente e o Vice-Presidente da entidade, José Bispo, 86, e George Teles (Carioca), respectivamente, garantiram que só o início das obras de revitalização da ferrovia, a partir da construção do talude (muro de arrimo) “não aos porto-velhenses a recuperação plena da ferrovia”.
Em tese, os dirigentes da ASFEMM acreditam, contudo, que, “os estudos do IPHAN nacional tem o objetivo de se fazer cumprir a Portaria 231/2007 do Decreto Lei 25/1937 (Era Vargas) que obriga a autarquia, por seu Estatuto, a manter as linhas e as características originais dos bens tombados”, sobretudo no que se refere ao patrimônio histórico.
Bispo e Carioca negaram ser contrários aos avanços modernos dados ao projeto da revitalização. Porém, discorreram sobre uma possível salvaguarda, por parte da sociedade e do poder público, do passado da ferrovia Madeira Mamoré, fato historicamente já exposto ao Palácio do Planalto, ao governo do Estado e ao Município.
– O que não viria acontecendo ao menos há duas décadas, eles ressaltaram.
Às mais de dezenas de perguntas e dúvidas tiradas a limpo, o Vice-Presidente Carioca, disse que ‘é preciso haver um mundo de interessados dedicados ao mundo da ferrovia em defesa do patrimônio ferroviário e seus matizes ideológicos e intelectuais. “Bem como seus efeitos positivos chegarem às escolas a partir das boas práticas e da compreensão nativa sobre a importância da nossa Ferrovia do Diabo”.
Segundo ele, “a Memória Ferroviária, no imaginário popular sobre a Madeira Mamoré, só estará a salvo se os trens voltarem a circular sobre os trilhos até a cidade de Guajará-Mirim”. Nessa fase inicial da construção do muro de arrimo (talude) pelo Consórcio Santo Antônio Energia (CSAE), ao menos de Porto Velho à Vila Santo Antônio.