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Governo de Rondônia realiza ação para enfrentamento às hepatites virais e aids na região da fronteira entre Brasil e Bolívia

O Governo de Rondônia, por meio da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), realizou a I Reunião de Fronteira Brasil x Bolívia, na quarta-feira (11), no 6º Batalhão de Infantaria de Selva, em Guajará-Mirim, com participação de equipes de saúde brasileira e bolivianas. O evento teve o objetivo de apresentar a proposta do Plano de Aceleração das Ações na linha de prevenção das infecção sexualmente transmissível IST/Aids e Hepatites Virais nas fronteiras.

O diretor-geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, destacou a preocupação do Governo rondoniense com a saúde da população e o respeito aos vizinhos bolivianos. “Nenhum tipo de progresso tem sucesso se não houver cooperação. Nós somos interdependentes: ajudamos nossos irmãos da fronteira porque não vamos vencer nenhum tipo de dificuldade sozinhos. Sempre haverá muitas mãos envolvidas e todos são importantes nesse processo”, destacou o diretor-geral durante a abertura do evento.

Maria Arlete Baldez, gerente técnica de epidemiologia da Agevisa, apresentou os dados relativos sobre a situação de nove municípios – Alta Floresta d’Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Cabixi, Costa Marques, Guajará-Mirim, Nova Mamoré, Pimenteiras do Oeste, Porto Velho e São Francisco do Guaporé – relativas aos anos de 2016 e 2020.

O diretor-geral da Agevisa destacou a preocupação do Governo com a saúde da população

Dos nove municípios apresentados, Porto Velho desponta com maior incidência de endemias em gestantes. No caso de sífilis, em 2020 foram registrados 147 casos em grávidas na capital de Rondônia; 21 em Guajará-Mirim e cinco casos em São Francisco do Guaporé e Costa Marques, respectivamente. Em relação a HIV/Aids foram registrados 18 casos em gestantes moradoras de Porto Velho e quatro em Guajará-Mirim.

Conforme a gerente, entre as ações desempenhadas estão a meta de eliminação da sífilis congênita (transmitida de mãe para o bebê durante a gravidez) e redução da taxa de incidência para menos de 0,5 casos a cada mil nascidos vivos. “Até bem pouco tempo os índices em Rondônia eram alarmantes. Melhorou, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido”, observou Arlete Baldez.

O Plano de Aceleração das Ações de IST/Aids e Hepatites Virais nas Fronteiras está dividido em três eixos: prevenção combinada; cuidado contínuo e prevenção da transmissão vertical da HIV/Aids, sífilis e hepatite B.

Na abertura do evento, a prefeita de Guajará-Mirim, Raissa Bento, agradeceu ao esforço das equipes de saúde de Porto Velho que foram até o município da Pérola do Mamoré. “Principalmente para discutir um assunto tão importante e que vamos levar resultados para nossa população”, destacou.

Maria Izabel Silva, coordenadora municipal de IST/Aids e hepatites virais do Serviço de Assistência Especializado (SAE de Fronteira) de Guajará-Mirim, destacou que as equipes realizam visitas domiciliares aos pacientes e fazem a busca ativa aos casos de abandono do tratamento para conter o avanço das doenças. “Percebemos que as pessoas faziam o exame e não retornavam para buscar o resultado. Por meio dessa ação encontramos o caso de um paciente que positivou hepatite C em 2007″, exemplificou, que ainda completou: “os pacientes desistem da gente, mas a gente não desiste deles”.

Do lado boliviano, Wilson Flores, diretor do Centro Regional de Vigilância, Informacion y Referencia (CRVIR Guayaramerin/Bolívia) informou a incidência de 125 casos de aids em moradores de Guayaramerín no mês de julho de 2021. No total, 100% ocorreu por transmissão sexual.

Akemi Kamimura e Marcelo Araujo Freitas, consultores da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) participaram do evento e acompanharam a programação desenvolvida na Fronteira do Brasil-Bolívia.

PROGRAMAÇÃO

Além da apresentação do Plano, as equipes realizaram visitas a serviços de saúde, como o Serviço de Assistência Especializado (SAE) de Guajará-Mirim; Laboratório de Fronteira (Lafron); Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Fronteira Guajará-Mirim; Maternidade de Guajará-Mirim e o Centro Regional de Vigilância, Informacion y Referencia (CRVIR) Guayaramerin/Bolívia, nesta quinta-feira (12).

via assessoria

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