Perguntam-me que nome defendo para 2022. Não se trata de um nome, trata-se de uma ideia.
Eu tenho um nome in pectore, claro, como todo mundo tem, mas acho que no momento temos de formatar uma ideia.
Algo como aconteceu em 1984/5, quando a sociedade brasileira forjou um pacto nacional para finalizar a ditadura militar.
Os nomes não importavam, no primeiro momento. Havia nomes? Havia: Ulysses, Tancredo, Teotônio, Aureliano.
Mas o primeiro passo foi fortalecer o pacto – a ideia de restaurar as liberdades civis e finalizar a tutela militar.
O pacto de agora deve incluir:
1) O fortalecimento das instituições;
2) A concretização da reforma política;
3) A restauração dos princípios da estabilidade econômica;
4) O reforço das garantias individuais;
5) A reconstrução do link com a modernidade;
6) A estruturação da retomada do desenvolvimento.
Quando o pacto estiver maduro, um nome – o novo Tancredo (mas pode ser Ulysses) – surgirá sobre os outros naturalmente.
Por CLÁUDIO MELLO – Jornalista – @claudiomello