As estatísticas apresentadas pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) apontam que até quinta-feira (8 de abril) Rondônia já contabilizou mais de 195.138 casos de covid-19. O avanço do vírus está relacionado à exposição de muitas pessoas em festas clandestinas, aglomerações e desrespeito aos protocolos de saúde mesmo com todas as orientações massificadas pelo Governo do Estado contra o vírus.
No ano de 2020, até 31 de dezembro, foram registrados 95.729 casos da doença. Somente nos primeiros três meses de 2021 (até dia 31 de março) foram diagnosticados 91.541 casos de covid-19, somando 187.270 casos, conforme dados apresentados pelo Boletim Diário covid-19.
Aumento na demanda por serviços funerários é comprovado por empresários do ramo em Rondônia
Somente nos três primeiros meses de 2021, foram registradas 2.326 mortes por covid-19, sendo que durante todo o ano de 2020, de acordo com o balanço apresentado até 31 de dezembro pelo Boletim Diário sobre o coronavírus, o número de óbitos foi de 1.817. Nas últimas semanas, vem sendo registrado um aumento assustador de pessoas que perderam a luta contra o coronavírus, ultrapassando a marca de quatro mil óbitos.
SERVIÇOS FUNERÁRIOS
Com o aumento de casos da doença, a tendência é registrar mais óbitos. Nesse sentido, vem ocorrendo em todo Estado um salto considerável nas demandas das funerárias que podem ser comprovadas por empresários do ramo, que arriscam afirmar que o movimento saltou de 50% a 80%.
Conforme ressalta a proprietária de uma funerária em Porto Velho, antes da pandemia eram vendidas entre quatro e 15 urnas funerárias por dia. Atualmente, ela explica, que com o ritmo acelerado de óbitos, chega a vender diariamente entre 40 e 50 urnas.
Embora todos os esforços do Governo de Rondônia sejam mantidos, com a ampliação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTIs), publicação de decretos com normas que devem ser atendidas, aquisição de insumos, oxigênio e outras medidas, os números não param de crescer. Nada será suficiente se não houver a conscientização da população que ainda se arrisca e anda na contramão da lei das medidas de prevenção de combate ao coronavírus.
A função da Central de Óbitos é de disciplinar e garantir um serviço funeral legal, proporcional e justo, organizando a atuação das empresas funerárias da cidade, por meio de rodízio. Na Central, por exemplo, o atendimento saltou significativamente. A informação tem como base o aumento de sepultamentos registrados nos últimos meses.
É assustador o aumento de pessoas que perderam a luta contra o coronavírus, nas últimas semanas
A contaminação pelo coronavírus têm acelerado e, mesmo assim, muitas pessoas ainda persistem em manter fazer e participar de festas clandestinas, causando consequentemente aglomerações. Esses fatores resultam em maior consumo de bebida alcoólica e as pessoas passam a não usar máscaras de proteção individual, não utilizar álcool em gel e, ainda, fazem uso coletivo de determinados materiais sem que ocorra a higienização.
RISCO DE CONTAMINAÇÃO
O alto número de contaminados tem refletido diretamente nas unidades de saúde do Estado. Atualmente, todas as UTIs das redes públicas estaduais e municipais estão lotadas. Geralmente, as mesmas pessoas, que dias antes estavam se divertindo nas festas clandestinas, contraíram o vírus e acabam levando transmitiram a outros membros da família (pais, mães, irmãos e outros parentes).
A proprietária de uma outra funerária da Capital, desabafa “Muitos ainda não têm noção do risco. Estou no ramo de funerárias há anos, mas, o que estou vendo agora é assustador. Para se ter uma ideia, antes da pandemia o plantão coordenado pela Central registrava em torno de três a 10 óbitos por dia. Hoje, os plantões chegam a computar de 15 a 30, somente em Porto Velho”.
Preocupado com o aumento da demanda e com os riscos decorrentes do novo coronavírus, o Governo do Estado vem mantendo as atenções e orientando a população para que possa fazer sua parte na luta contra a covid-19, ou seja, contribuir com as medidas e o protocolo de segurança sanitária com intuito de minimizar o risco de contágio.
ASSESSORIA