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Polícia faz operação contra crimes ambientais na Resex Aquariquara, em RO

A Polícia Civil prendeu pessoas suspeitas de participarem de uma organização criminosa que praticava crimes ambientais e patrimoniais na Reserva Extrativista Aquariquara, localizada nos municípios de Machadinho D’Oeste (RO) e Vale do Anari (RO), nesta semana. Medidas cautelares como prisão preventiva e sequestro de bens foram decretadas.

A operação começou no domingo (21), para o cumprimento dos mandados de prisão preventiva e demais medidas cautelares aos integrantes do grupo. Ao todo, quatro pessoas seguem presas.

Segundo apurado nas investigações, a organização criminosa invadia terras públicas, indígenas, de conservação e privadas para lotear e vender. Além disso, o grupo atribuía vendas de “contribuições” de R$ 500 por mês, induzindo diversas pessoas à compra, sob a alegação de que as terras seriam regularizadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

De acordo com a polícia, no dia 20 de setembro de 2020, cerca de 15 pessoas armadas invadiram a Resex. Na ocasião, os infratores colocaram instrumentos usados para furar pneus conhecidos como “jacarés” e “miguelitos” na estrada, o que ocasionou danos em viaturas da Polícia Militar Ambiental e Secretaria do Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam).

Pneu de viatura furado durante ação contra invasores na Reserva Extrativista Aquariquara em Rondônia — Foto: Sedam/Divulgação
Pneu de viatura furado durante ação contra invasores na Reserva Extrativista Aquariquara em Rondônia — Foto: Sedam/Divulgação

Além disso, segundo a polícia, o grupo usou a técnica de soltar rojões para avisar sobre a chegada da equipe de segurança.

No dia 20 de dezembro do ano passado, dois meses depois dos invasores adentrarem na Resex, uma operação de reintegração da Sedam retirou dezenas de pessoas que estavam acampadas no entorno da unidade de conservação.

Medidas cautelares como prisão preventiva e sequestro de bens móveis foram decretadas contra os membros do grupo criminoso, após a identificação pela Polícia Civil.


Por G1 RO – Fotos Divulgação/PCRO

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