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COVID-19 atinge natalidade e Cartórios do Amazonas registram o menor número de nascimentos em janeiro na história

Nove meses após o primeiro mês com a pandemia instalada no Brasil, casais optam por não ter filhos e número de registros de nascimentos atinge o menor patamar, desde 2002, ano em que se iniciou a série histórica.

A pandemia do novo coronavírus não só deixou um rastro de 5,3 mil mortes entre a população amazonense, como também começa a causar impactos futuros, atingindo as taxas de natalidade no Amazonas. Levantamento da Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas (Anoreg-AM), com base nos registros de nascimentos realizados nos 92 cartórios Registro Civil do Estado existentes, mostra uma queda histórica de 23,94% nos nascimentos em janeiro de 2021, primeiro mês após o período normal de gestação, desde a chegada da COVID-19 no Brasil, em que os casais optaram por ter filhos ou não, já com a crise sanitária instalada no País. 

Os dados constam no Portal da Transparência do Registro Civil (https://transparencia.registrocivil.org.br/inicio), repositório de estatísticas dos atos praticados pelos Cartórios de Registro Civil do País, administrada pela Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil). Em janeiro deste ano, foram realizados 4.096 nascimentos, número 23,94% menor que o registrado em janeiro do ano passado, quando houve 5.385 registros. O número é ainda quase 25 pontos percentuais menor do que a média histórica estadual do mês de janeiro desde 2002, que é de 1,22% ao ano, número que se repete quando se olha o período anual.

No Brasil, os números de nascimentos em janeiro também tiveram queda, chegando a 15,1%, com relação ao mesmo período de 2020. Foram registrados 207.901 nascimentos em janeiro de 2021, frente a 244.974 ocorridos no mesmo mês do ano anterior. Em âmbito nacional, a média histórica de variação do mês de janeiro também é de 0% ao ano, a mesma porcentagem de variação quando analisados os números do período anual.  

“A Covid-19 afetou todos os aspectos vitais dos amazonenses, sejam eles pessoais, econômicos ou da vida civil. Já eram notórios os efeitos no Registro Civil, tanto no número de óbitos quanto em relação aos casamentos, por exemplo. Mas agora, após nove meses desde o início da pandemia, identificamos o impacto na natalidade da população amazonense. Muitos casais decidiram adiar o sonho de terem filhos em virtude deste cenário, o que pode prejudicar futuramente o desenvolvimento do nosso estado”, explica o presidente da Anoreg-AM, Marcelo Lima Filho. 

O número de nascimentos registrados em 2021 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o nascimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Além disso, alguns estados brasileiros expandiram o prazo legal para comunicação de registros em razão da situação de emergência causada pela COVID-19.

Sobre a Anoreg-AM

Fundada no dia 27 do mês de abril de 1999, com sede na cidade de Manaus, a Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas (Anoreg-AM), é regida pelo Código Civil brasileiro, pelas demais disposições legais aplicáveis e pelo Estatuto. A Anoreg-AM é a única entidade da classe com legitimidade, reconhecida pelos poderes constituídos, para representar os titulares de serviços notariais e de registro do Amazonas, operando em harmonia e cooperação direta com outras associações congêneres, principalmente com as Anoregs estaduais e Sindicatos, representativos das especialidades.

Fonte Assessoria de Imprensa da Anoreg-AM

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