Mais de 5 milhões de pessoas caíram em algum tipo de golpe pelo WhatsApp no Brasil no ano passado, revela um levantamento feito por um laboratório de segurança digital.
Os criminosos utilizam estratégias cada vez mais profissionais, usando o que os especialistas chamam de engenharia social. Eles iludem a vítima para conseguir o código de recuperação do WhatsApp e, assim, ter acesso aos dados pessoais das vítimas.
Foi o que aconteceu com a arquiteta Ana Paula Nonato, que pensou que tivesse ganhado uma promoção de um hotel. “Você entra em contato com o pessoal do WhatsApp, busca soluções e nada funciona. Enquanto isso, eles [golpistas] começam a falar com todos os seus contatos, como se fosse você”, relata.
No raking dos estados brasileiros que mais sofreram com esse tipo de estelionato estão São Paulo, com um 1,2 milhão vítimas; seguido pelo Rio de Janeiro, com 712 mil; e Minas Gerais, com 494 mil pessoas lesadas. O WhatsApp, administrado pelo Facebook, tem 2 bilhões de usuários — 120 milhões só no Brasil.
A empresa diz que tem investido em segurança e afirma que mesmo que o aplicativo seja clonado, os dados de conversas e mídias permanecem protegidos.
Essa tecnologia, chamada de criptografia de ponta a ponta, também previne que os usuários mal intencionados leiam, ouçam ou visualizem qualquer tipo de mensagem trocada antes de se apossarem das contas de WhatsApp de terceiros”, explica Dario Durigan, coordenador de Políticas Públicas do WhatsApp.
Como se proteger de golpes no WhatsApp?
Uma configuração simples no aplicativo aumenta o nível de segurança. Para isso, basta ir até configurações ou ajustes. Toque em conta, depois, em confirmação em duas etapas e ative. O aplicativo vai pedir para você criar um código de seis dígitos e inserir um endereço de e-mail. Depois, é só seguir as instruções e confirmar.
Caso você, por descuido ou falta de informação, tenha tido o WhatsApp clonado, a empresa orienta entrar em contato pelo e-mail: support@whatsapp.com. De acordo com o aplicativo, em até sete dias a conta é recuperada e volta ao normal.
Por Tiago Américo – Fonte CNN Brasil – Foto CNN Brasil