A pequena Júlia chegou ao mundo cheia de saúde. Nasceu com 3.535kg, medindo 52cm, no Centro de Parto Normal (CPN) do Hospital Municipal Dr. Claudionor Roriz, em Ji-Paraná. A mãe, Joyce de Oliveira Fagundes, 23 anos, toda orgulhosa e com a filha nos braços, contou que o trabalho de parto normal requer mais de esforço, mas que ela encontrou todo o conforto e apoio necessário na equipe que a atendeu na unidade.
“Na hora cheguei a ficar com dúvidas por ter escolhido o parto normal. Mas depois que minha filha nasceu, tive certeza que fiz a escolha certa. Vale muito à pena. Eu sinto orgulho de ter sido forte. Incentivo as grávidas a tentarem o parto normal. O atendimento aqui é muito bom. Não trocaria por um hospital particular”, disse ao lado do papai da Júlia, o pecuarista Dhulio Pinto Alves.
Joyce é uma das 70 mães que ganham bebê todos os meses no Centro de Parto Normal. O atendimento é oferecido de maneira especializada e individualizada para incentivar o aumento dos partos sem cirurgia e a redução de cesáreas desnecessárias.
A diretora de enfermagem do CPN, Kethleen Alves de Oliveira Santos, conta que muitas mulheres já chegam à maternidade com a certeza que tentarão o parto normal.
“Esta é uma mudança gradativa. O incentivo já começa nas Unidades Básicas de Saúde, quando as mulheres iniciam o pré-natal. As equipes mostram os benefícios deste tipo de parto. Nós temos muitas grávidas que chegam de outros municípios que já não foram incentivadas a tentar o parto normal e preferem a cesárea. Por isso é importante que todos colaborem incentivando as mulheres a pelo menos estudar, trocar ideia ou conhecer o CPN antes de tomar a decisão pela cesárea. Sem contar que a mulher sente que é capaz e a sensação de ter passado por esta experiência é indescritível. A mulher não é frágil, e sim forte e empoderada”, explicou a diretora.
A unidade construída anexo ao Hospital Municipal atende mulheres de Ji-Paraná e outros 32 municípios de Rondônia. Oferece quartos individuais para cada grávida, equipamentos modernos que colaboram na evolução do parto. A mulher tem direito a ter um acompanhante e pode levar doula (pessoa de confiança da gestante que acompanha o parto) ou fisioterapeuta pélvico e até fotógrafo para registrar o nascimento, caso queira. Tudo para garantir mais conforto e atendimento humanizado às grávidas.
A decisão pelo parto sem cirurgia é importante para a saúde dos dois. “A mãe tem uma recuperação mais rápida e melhores condições de cuidar do bebê. Para a criança faz muita diferença também. Ela respira melhor e tem mais saúde. Além da amamentação que é estimulada pelo parto normal. Vamos aos poucos desmistificando essa ideia de que cesárea é melhor. Sabemos que se bem recomendada é de fundamental importância, mas de maneira desnecessária não trás tantos benefícios como o parto natural”, ressaltou a diretora de enfermagem.
A auxiliar de lavanderia Marinete Cândido de Almeida sabe bem dos benefícios. Ela optou pelo parto normal e não se arrependeu. “Eu confesso que meu parto foi muito doloroso. Bem diferente do primeiro filho que nasceu mais rápido. Mas não me arrependo. Agora eu tenho a liberdade de cuidar do meu filho, o Arthur. Estou muito feliz com esta escolha”, finalizou.
Fonte: Ascom Prefeitura de Ji-Paraná