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Paciente de RO com suspeita de coronavírus viajou com infectado em voo vindo do Japão

Informação foi confirmada pela Sesau. Esse é o primeiro caso suspeito reconhecido pelo Ministério da Saúde no estado e não há nada confirmado em RO.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de Rondônia divulgou informações, nesta terça-feira (3), sobre a paciente investigada com suspeita de coronavírus no estado. A mulher de 43 anos é acompanhada pelas equipes de saúde. Segundo as autoridades, ela esteve no Japão e viajou com um morador de São Paulo que teve o diagnóstico confirmado para coronavírus.

De acordo com a Sesau, a paciente veio do Japão em 20 de fevereiro, fez uma conexão em Paris e chegou ao Brasil no dia 22 do último mês. Entre Paris e Guarulhos ela voou com um paciente infectado. Cinco dias depois de desembarcar em Rondônia, a mulher começou a sentir sintomas como febre, dor de garganta, tosse, dor de cabeça e fraqueza.

Ela procurou o pronto atendimento Ana Adelaide, em Porto Velho, foi atendida e orientada a ficar em casa enquanto era acompanhada. Desde então, ela segue em isolamento domiciliar com visitas apenas de familiares mais próximos e profissionais de saúde.

Segundo o coordenador do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância e Saúde (Cievs) Sid Orleans, a paciente não apresentava sintomas nesta terça-feira.

“É o caso que menos preocupa porque ela chegou sem nenhuma febre. Ela veio apresentar os sintomas depois que a neta gripou. Na data de hoje, essa paciente não tinha nenhum sintoma”, declarou.

Secretário Fernando Máximo concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (3). — Foto: Diêgo Holanda/G1

Secretário Fernando Máximo concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (3). — Foto: Diêgo Holanda/G1

Ela teve material coletado e o resultado deve sair no próximo sábado (7). Conforme o secretario estadual de saúde Fernando Máximo, ainda na quarta-feira (4) vão ser divulgados os resultados de exames que apontam influenza, H1N1 e adenoviris. Caso seja detectada alguma dessas doenças, o coronavírus fica descartado.

De acordo com Máximo, o Ministério da Saúde foi notificado e o tratamento deve continuar na casa da mulher. “Confirmando o coronavírus aí depende da sintomatologia da paciente. Se a paciente permanecer com sintomas leves ela vai continuar sendo tratada em casa”, explicou.

Dentre os sintomas da doença estão febre, dor no corpo, dor de cabeça, dor de garganta e tosse que também são comuns em viroses. Para ser considerado caso suspeito, o paciente precisa estar com sintomas e ter viajado nos últimos dias para países com casos ou contato com paciente confirmado ou suspeito.

“Todo mundo que tem contato está sendo acompanhado. Essa paciente tem uma característica importante que ela chegou sem sintoma na viagem, uma neta que estava no Brasil, estava com sinais de gripe e depois que a paciente chegou no Brasil, em contato com a neta foi que ela começou a apresentar esse sinais e sintomas”.

O ministério não apontou nenhum “caso provável”, ou seja, uma nova categoria incluída pela pasta entre as possíveis em seus balanços. Um caso provável será aquele do paciente que apresentar sintomas e tiver tido contato direto com uma pessoa que teve Covid-19 confirmado.

No início de fevereiro, dois casos em Rondônia chegaram a ser apontados como suspeitos pela Sesau, após dois moradores rondonienses viajarem até São Paulo e dividirem um táxi com um chinês. Depois que retornaram, o homem e a mulher apresentaram sintomas “sugestivos” ao coronavírus.

Mas, em uma postagem no Twitter, o ministro Luiz Henrique Mandetta afirmou que a pasta revisou os casos notificados em Porto Velho e os descartou.

A doença provocada pela variação originada na China foi nomeada oficialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como COVID-19, em 11 de fevereiro. Ainda não está claro como ocorreu a mutação que permitiu o surgimento do novo vírus.

Outras variações mais antigas de coronavírus, como SARS-CoV e MERS-CoV, são conhecidas pelos cientistas. Eles também chegaram aos humanos por contato com animais: gatos, no caso da Sars, e dromedários, no vírus Mers.

Via G1


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