Os serviços paliativos do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para tapar os buracos no perímetro urbano da BR-364, em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, estão sendo feitos desde o início do ano. Porém os reparos não resistem ao período de chuva intensa e o transtorno para quem trafega no local só aumenta.
No trecho de aproximadamente quatro quilômetros, o ponto mais crítico, está as rotatórias de acesso ao município, próximas ao Posto de Fiscalização da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
No local há tantos buracos que é praticamente impossível desviar. Quem passa pela rodovia diz que a situação é caótica e perigosa, além de gerar prejuízos.
“Já faz tempo que está assim e passar por aqui é muito complicado. A gente perde muito tempo, além de ser arriscado pelos acidentes e prejuízos no veículo”, disse um caminhoneiro.
“O pessoal precisa ter vergonha na cara e arrumar isso aqui, pois é muito difícil passar por essa buraqueira toda. Os prejuízos são demais, é mola quebrada e pneu estourado. É uma vergonha ter uma situação dessa na entrada da cidade”, exclamou outro motorista.
O motorista de aplicativo de transporte de passageiro, Marcos César, contou que trafega pela rodovia quase todos os dias. Em uma das viagens, ele invadiu a calçada da rotatória para tentar desviar dos buracos.
Mas a manobra acabou resultando em uma multa, após ele ser flagrado por um policial federal que estava de folga e passava pelo trecho em veículo próprio. “Ele me parou e me conduziu até o pátio da PRF, onde me aplicaram uma multa”, explicou.
Inconformado, ele retornou ao local para fazer uma fotografia da condição viária e recorrer da sanção administrativa.
“Voltei ao local para tirar fotos e poder recorrer desta multa, pois achei injusto o que o policial fez, até porque, ele mesmo estava por dentro da situação e poderia ter entendido que a manobra foi só para desviar do buraco”, detalhou Marcos.
No início do ano, o Dnit disse que a recuperação completa do asfalto já estava contratada, mas a empresa responsável pelo serviço só conseguiria iniciar as obras no local após o fim das chuvas, mas que seriam feitas ainda no primeiro semestre do ano.
O Departamento ainda informou que mantém os reparos nos buracos com os serviços paliativos. Os buracos são cobertos frequentemente por cascalho, que inclusive está armazenado próximo ao local, mas o serviço não resiste às chuvas.